Magnetismo

Magnetismo é a denominação dada aos estudos dos fenômenos relacionados com as propriedades dos imãs.

Os primeiros fenômenos magnéticos foram observados na Grécia antiga, em uma cidade chamada Magnésia.

Os primeiros estudos realizados nessa área foram feitos no século VI a.C. por Tales de Mileto, que observou a capacidade de algumas pedrinhas, que hoje são chamadas de magnetita, de atraírem umas às outras e também ao ferro.

Já a primeira aplicação prática do magnetismo foi encontrada pelos chineses: a bússola, que se baseia na interação do campo magnético de um imã (a agulha da bússola) com o campo magnético terrestre. No século VI, os chineses já dominavam a fabricação de imãs.

Os estudos sobre o magnetismo somente ganharam força a partir do século XIII, quando alguns trabalhos e observações foram feitos sobre a eletricidade e o magnetismo, que ainda eram considerados fenômenos completamente distintos. Essa teoria foi aceita até o século XIX.

Os estudos experimentais na área foram feitos pelos europeus.

Pierre Pelerin de Maricourt, em 1269, descreveu uma grande quantidade de experimentos sobre magnetismo. Devem-se a ele as denominações polo norte e polo sul às extremidades do imã, bem como a descoberta de que a agulha da bússola apontava exatamente para o norte geográfico da Terra.

A grande revolução nos estudos do magnetismo foi feita por Oesterd, em 1820. Ele descobriu que fenômenos elétricos e magnéticos estão inter-relacionados. De acordo com essa teoria, denominada eletromagnetismo, cargas elétricas em movimento geram campo magnético, e campo magnético em movimento gera corrente elétrica. Esses estudos foram finalizados por Maxwell que estabeleceu bases teóricas sólidas sobre a relação entre o campo elétrico e o magnético, ou seja, as ondas eletromagnéticas.

Foi a partir de então que se tornaram possíveis as invenções e o aperfeiçoamento de diversos instrumentos que estão presentes no nosso cotidiano, como o motor elétrico, cartões magnéticos, a produção de energia nas usinas hidrelétricas, ondas de rádio e televisão, aparelhos de telecomunicação etc.

Imãs Permanentes

Um material que cria continuamente o seu próprio magnetismo é chamado de “ímã”.

Os imãs baseados em ferro produzidos artificialmente contêm cerca de 1% de carbono (C) e outros elementos para além do principal ingrediente de ferro (Fe).

Como o magnetismo atômico do ferro está fixado na mesma direção entre outros átomos, tal como o carbono, é produzido um magnetismo permanente em direção ao exterior, e esses imã são chamados de imãs permanentes.

Magnetização reduzida e desmagnetização

A magnetização dos imãs enfraquece com o tempo, mas num ambiente com temperatura normal a magnetização apenas diminui uma quantidade muito pequena ao longo de vários anos.

Assim, uma vez que a maior parte das pessoas pensam que estes nunca perdem o magnetismo, tais imãs são chamados de “imas permanentes.” A força magnética de um imã permanente depende da temperatura ambiente e muda de acordo com um coeficiente de temperatura.

Quando a temperatura é elevada, a força magnética torna-se mais fraca, e quando a temperatura é baixa, a força magnética torna-se mais forte.

Os imãs permanentes não são capazes de suportar o calor quando aquecidos continuamente a temperaturas elevadas e a redução do magnetismo continua devido a variações na direção dos átomos de ferro. Quando uma determinada temperatura é excedida, o imã é totalmente desmagnetizado.

Esta temperatura é chamada de ponto de Curie ou temperatura Curie, por ter sido descoberto pelo físico francês Pierre Curie em 1895. As direções dos átomos também se podem tornar desordenadas devido à vibração quando é aplicado um forte impacto ao imã permanente, o que também pode levar a uma redução na magnetização.

Magnetismo

A capacidade de um imã permanente é muitas vezes referida como “força magnética,” mas, mais especificamente, a propriedade reativa de um imã é chamada de “magnetismo”, a força do magnetismo é chamada de “força magnética”, e a área onde o magnetismo atua é chamada de “campo magnético” ou “fluxo magnético.”

Estas propriedades dependem da energia, que é um braço de ferro entre os polos N e S, à medida que os polos se repelem e se tentam afastar uns dos outros de acordo com a propriedade bipolar presente num imã. Esta energia magnética não pode ser observada visualmente sob condições normais.

O magnetismo sai do polo Norte e entra no polo Sul, e este fluxo entre os polos magnéticos é visualmente representado por linhas chamadas de “linhas de força magnética”. Esta imagem permite a confirmação visual da energia magnética através do uso de um imã e de pó de ferro.

Avaliação do desempenho dos imãs

Enquanto o desempenho de um imã é muitas vezes abstratamente referido como sendo “fraco ou forte”, este desempenho de um imã não pode ser avaliado com precisão por terceiros dado que a noção de força ou fraqueza é subjetiva. O desempenho de um imã é normalmente testado realizando uma avaliação baseada numa curva de histerese desenhada através de um analisador de BH.

Esta curva de histerese é chamada de curva de BH e os principais indicadores derivados do teste são avaliados de acordo com unidades padrão internacionais, tais como a densidade do fluxo magnético (B), a coercividade (Hcb/Hcj), e o produto de energia máximo (máximo de BH). Consulte este conversor de unidades magnéticas para obter mais informações acerca das unidades magnéticas.

Densidade de fluxo magnético (B)

A força magnética é exemplificada por linhas, e múltiplas linhas representam um conjunto as linhas de força magnética proveniente de uma unidade de superfície. A remanência (Br) indica uma quantidade de fluxo magnético (B) retida residualmente quando um imã permanente atinge a saturação de magnetização até um ponto M devido a um campo magnético externo (H), e depois o campo magnético externo (H) volta a um estado de zero. A densidade de fluxo magnético de superfície refere-se à densidade do fluxo magnético no que diz respeito à superfície externa do imã. A densidade do fluxo magnético é denotada como Tesla (T) no sistema de unidades SI (WB/m2) e como Gauss (G) no sistema de unidades CGS (Mx/cm2).

Coercividade (Hcb/Hcj)

A coercividade refere-se a uma força magnética resistência. A coercividade refere-se a força de um campo magnético externo (H) necessário para devolver um corpo magnético magnetizado a um estado de não estar magnetizado com campo magnético (H) oposto (-). À medida que este valor numérico se torna maior, a resistência a uma carga é desenvolvida e torna-se mais difícil reduzir a magnetização.

A coercividade é denotada por amperes por metro (A/m) no sistema de unidades SI, e denotada por oersteds (Oe) no sistema de unidades CSG.

Produto de energia máxima

O valor máximo do produto energético do campo magnético (H) e do fluxo magnético (B), ou seja, (Bd) * (Hd), é referido como o produto de energia máximo (máximo de BH). O produto de energia máximo indica um parâmetro para o montante de fluxo magnético máximo que é obtido numa unidade de volume base do imã.

À medida que este valor cresce, a linha reta entre o ponto P e a origem (0) aproxima-se de 45 graus e, assim, o imã demonstra um bom equilíbrio entre a densidade do fluxo magnético (B) e a coercividade (Hcb/Hcj). O produto de energia máximo é denotado por quilojoules por metro cúbico (kJ/m3) no sistema de unidades SI e por Megaoersteds (MOE) no sistema de unidades CGS.

Força de adsorção

A força de adsorção, também chamada de atração, define a força entre dois objetos, tais como um imã e um corpo magnético que contém ferro. Os Newtons (N) são usados como a unidade representativa da força de adsorção. Também podem ser usadas unidades básicas de massa, tais como quilograma-força (kgf) e libra-força (lbf).

Carga

A carga é definida como uma força produzida quando dois pontos estão em contacto, tal como entre um imã e uma placa de aço. A carga desta força é alterada dependendo da fricção, do estado da superfície, e de um impacto.

A carga de deslize que indica se um imã e uma placa de aço e similares são capazes de permanecer em posição sem escorregar enquanto suportam uma carga aplicada horizontalmente, é também indicada em unidades de Newtons (N).

Força de adsorção

A força de adsorção, também chamada de atração, define a força entre dois objetos, tais como um imã e um corpo magnético que contém ferro. Os Newtons (N) são usados como a unidade representativa da força de adsorção. Também podem ser usadas unidades básicas de massa, tais como quilograma-força (kgf) e libra-força (lbf).

Método para medir a força de adsorção e a carga de deslize

Os valores numéricos resultantes tendem a variar de acordo com o ambiente de utilização e o método de medição. Como resultado, é necessário definir o ambiente de utilização e o método de medição a utilizar a força de adsorção na especificação de um imã.

Estas forças são definidas quando medidas de acordo com o seguinte método de medição e condições de utilização.

Método de medição

  1. Força de adsorção

A força de adsorção é a força quando um imã é afastado de uma placa de aço perpendicular ao eixo vertical e o imã se separa da placa de aço.

  1. Carga de deslize

Uma carga de deslize é a força exercida por um imã quando é puxado paralelamente ao eixo horizontal e se afasta da placa de aço.

Condições ambientais

  1. 1. A espessura (T) da placa de aço e a espessura do ímã (H) são tal como indicados acima.
  2. 2. O ímã é colocado no centro da placa de aço.
  3. 3. A área de superfície da placa de aço é, pelo menos, três vezes maior (300%) do que a área da superfície do ímã.
  4. 4. O material da placa de aço é de ferro (Fe) puro.
  5. 5. A superfície da placa de aço é plana e sem irregularidades e o coeficiente de fricção não é considerado.
  6. 6. Qualquer intervalo entre a placa de aço e o íman é fechado para que não exista nenhuma folga.
FAQ:

P – O que é a densidade de fluxo magnético?
R – A densidade de fluxo magnético refere-se ao fluxo magnético (a densidade do número de linhas de força magnética) através de uma área de unidade. A unidade SI para a densidade de fluxo magnético é o Tesla (T) e para a unidade CGS (Mx/cm2) é o Gauss (G). A densidade de fluxo magnético de superfície apresentada como propriedade do ímã que foi processado e transformado num produto, pode ser um valor produzido por um dispositivo de medição, tal como um medidor Gauss, ou um valor calculado. Não há um padrão na indústria, já que os dispositivos de medição, as condições dos ambientes de medição e as fórmulas de cálculo variam de acordo com o fabricante. Uma vez que os valores apresentados diferem de acordo com o fabricante, mesmo que os materiais ou as formas sejam os mesmos, os valores servem apenas como referência e não são valores garantidos.

P – Wh que significa potência de adsorção por Kg?
R – A potência de adsorção por Kg é o peso em quilogramas quando o ímã é colocado sobre uma placa de aço (mais espessa do que o próprio ímã) e puxado perpendicularmente na direção da magnetização (quilograma-força 1 kgf = 9,80665 N). O valor da propriedade de “potência de adsorção por Kg” é o valor de referência quando a propriedade é utilizada ao máximo. Este não é um valor garantido.

P – O que é a temperatura de resistência ao calor?
R – O magnetismo de um ímã muda repetidamente de forte para fraco e vice-versa segundo a temperatura ambiente. Se a temperatura subir mesmo apenas um grau, o ímã enfraquece, e se a temperatura descer um grau, este tornar-se-á mais forte. Assim, ao escolher um ímã adequado à sua temperatura ambiente, é importante saber a coercividade do material. O coeficiente de temperatura e a temperatura máxima de funcionamento podem ser calculados a partir da coercividade. A temperatura máxima de funcionamento é referida como a temperatura de resistência ao calor.

Por norma, o magnetismo volta completamente ao seu estado original após arrefecer. No entanto, o seu estado tornar-se-á irreversível se a temperatura ultrapassar a temperatura de resistência ao calor e o magnetismo não irá voltar ao seu estado original mesmo em condições normais de temperatura, já que o mesmo terá sido perdido em proporção ao montante que foi excedido. Remagnetizar um imã com redução do magnetismo devido ao calor poderá recuperar o mesmo quase até ao seu estado original. Além disso, a temperatura de resistência ao calor não é o ponto Curie no qual o magnetismo é completamente perdido. Se a temperatura exceder o ponto Curie, o imã irá perder completamente o seu magnetismo e tornar-se-á numa simples pedra.

P – Qual é a variabilidade da tolerância da densidade de fluxo magnético de superfície?
R – Semelhante à tolerância de dimensões, existe variabilidade na densidade de fluxo magnético de superfície, que é demonstrada usando unidades Militesla (mT) e Gauss (G). Geralmente, a densidade de fluxo magnético de superfície não é considerada um valor garantido, mas um valor de referência. Os principais motivos e níveis de tolerâncias dependem do tipo de dispositivo de medição, do ambiente de utilização e do desvio padrão (a variabilidade de valores estatísticos e variáveis aleatórias). Assim, não é necessariamente indicado como ±tolerância.

P – Irá o valor da densidade de fluxo magnético de superfície ser diferente do valor apresentado quando medido através de um medidor Gauss?
R – A densidade do fluxo magnético de superfície indicada em unidades Militesla (mT) ou Gauss (G) serão diferentes dependendo do fabricante do dispositivo de medição, do tipo de dispositivo, da precisão da sonda (elementos Hall), das áreas medidas e da temperatura ambiente. Por esse motivo, é normal que o valor indicado nas especificações do produto seja diferente do valor real. Como os métodos e ambientes de medição diferem de acordo com o fabricante, não existem normas de exame regulamentadas na indústria de ímanes. Assim, a densidade do fluxo magnético de superfície indicada nas especificações do produto não pode ser totalmente confiável. Para uniformizar a densidade de fluxo magnético de superfície como especificação do produto, é necessário tornar claras as seguintes condições do ambiente de medição.

Condições do ambiente de medição

  1. O fabricante do dispositivo de medição, o tipo de dispositivo e especificação dos elementos Hall.
  2. Áreas medidas e intervalos (espaços e aderência)
  3. Temperatura ambiente

Se for necessário dar importância à densidade de fluxo magnético de superfície ao conceber um íman ou produto magnético, meça a densidade de fluxo magnético de superfície utilizando o seu próprio dispositivo de medição no seu próprio ambiente. Geralmente, concebemos os ímanes ou produtos magnéticos tendo em conta a correlação entre o valor de referência e o valor real.

P – Qual é a diferença entre unidades tesla e Gauss?
R – 1 tesla = 10.000 Gauss // 1 Militesla = 10 Gauss

P – Irá a densidade de fluxo dobrar se dois ímanes do mesmo tamanho forem colocados um sobre o outro?
R – Não, não irá dobrar.
A densidade do fluxo magnético é a quantidade de fluxo magnético numa área de unidade. Embora a densidade de fluxo se vá tornar um pouco mais forte com a colocação de dois ímanes verticalmente um sobre o outro, como a área será a mesma, não haverá muita diferença. Por exemplo, se dois ímanes com f10mmX10mm de tamanho forem colocados um sobre o outro, a densidade do fluxo magnético será quase a mesma que a de um imã com f10mmX20mm de tamanho.

P – Se forem colocados dois ímanes com potência de adsorção de 1 kg um sobre o outro, irá a potência de adsorção total ser de 2 kg?
R – Não. No entanto, se forem usados dois ímanes separados, a potência de adsorção será de 2 kg.

Principais razões para a alteração da potência de adsorção

  1. “A área do ímã”
    Com ímanes com a mesma densidade de fluxo magnético, a potência de adsorção deverá dobrar se a área for dobrada. No entanto, na realidade, se a área for dobrada com a mesma espessura, a desmagnetização intensificar-se-á e a densidade de fluxo magnético diminuirá. Deste modo, a potência de adsorção não irá dobrar.
  2. “O intervalo entre o ímã e o metal atraído pelo ímã”
    À medida que o intervalo aumenta, a potência de adsorção enfraquece substancialmente. Este fator é de grande importância.
  3. “A espessura e o material da placa de aço”
    Mesmo se for usado um íman com potência de adsorção extremamente forte, se a placa de aço for fina, a potência de adsorção irá enfraquecer substancialmente. Para além disso, mesmo se a espessura for a mesma, o ferro com uma grande quantidade de carbono irá enfraquecer a potência de adsorção.

 

P – Como se pode reforçar a potência de adsorção utilizando o mesmo imã?

R – É possível aumentar a potência de adsorção criando um circuito magnético válido fixando uma tampa de aço ao imã. Um bom exemplo é imã do tipo cobertura. O imã pode ser utilizado de forma eficaz através da criação de um circuito magnético (um caminho para o fluxo magnético), tal como um imã do tipo cobertura.

P – Gostaria de juntar e fixar um item com 2 kg usando um íman. Como devo escolher o íman?

R – Dado que existem preferências pessoais sobre o quão forte gostaria que um item fique fixo, e estas preferências variam de acordo com o ambiente de utilização, não poderemos escolher o que seria melhor para si. Terá de experimentar por si mesmo e decidir. A potência de adsorção irá variar de acordo com [a espessura da placa de aço], [a condição da superfície], [o ângulo de tração] e [a opinião pessoal]. Será mais rápido comprar em pequenas quantidades um protótipo que temos disponível para venda e experimentá-lo no seu ambiente de utilização.

Escolha um íman com base na potência de adsorção indicada como propriedade magnética e adquira alguns tipos diferentes de protótipos. A potência de adsorção irá variar, em particular, de acordo com as condições seguintes.

  • Quantidade de ferro contida na substância magnética a ser anexado ao íman
  • Espessura da substância magnética (placa de ferro, placa de aço)
  • Condição do tratamento de superfície
  • Ângulo de tração

P – Em que medida o magnetismo enfraquece com o passar do tempo?
R – O magnetismo é permanente. Estritamente falando, o magnetismo enfraquece ao longo dos anos. No entanto, a desmagnetização é tão reduzida que, mesmo após várias décadas, não parecerá que tenha realmente enfraquecido. Assim, os ímanes são normalmente considerados como não desmagnetizantes e são chamados de ímanes permanentes. A desmagnetização ocorre mais frequentemente devido às mudanças de temperatura e à carga de repelência do que à desmagnetização ao longo do tempo. Os imãs de alnico podem necessitar de remagnetização dado que estes desmagnetizam facilmente devido à carga de repelência.

P – Quando usei um íman de neodímio num ambiente de 70℃, este desmagnetizou aproximadamente 10%. Gostaria de saber quanta desmagnetização ocorre, a aproximadamente que temperatura e após quanto tempo para ímanes do tamanho dos ímanes de neodímio.
R – Não existe uma resposta específica. Tal irá depender do material e da dimensão (o tamanho do campo de desmagnetização que é aplicado ao íman) do íman. Se o íman desmagnetizou 10% a 70℃, o mesmo poderá ser de grau inferior.

P – Como é possível distinguir o polo N e o polo S do íman?
R- Normalmente não existem marcações no imã que indicam qual o polo N e o polo S. Embora possa usar dispositivo eletrônico, tal como um medidor Gauss ou tesla para distinguir os polos, uma maneira mais fácil é colocar uma bússola ou um imã com os polos N e S assinalados junto ao imã.

P – É possível cortar ou polir um imã num procedimento posterior ao fabrico?
R – Não é possível alterar ímanes que já foram magnetizados. Poderão ocorrer os seguintes problemas se forem realizados procedimentos após a magnetização.

  • As partículas e as poeiras produzidas durante o processamento também são magnetizadas, pelo que poderão repelir e espalhar-se. Poderá surgir uma situação séria em que o pó magnético que fica preso a dispositivos mecânicos, ferramentas e a áreas circundantes se torna difícil de remover.
  • A ferramenta de processamento utilizada poderá tornar-se magnetizada, reduzindo a sua precisão.
  • Com ímanes como os ímanes de neodímio, o tratamento de superfície anti-ferrugem poderá se soltar e o íman poderá oxidar causando ferrugem.

Poderá ser realizado um segundo procedimento em ímanes que ainda não tenham sido magnetizados. No entanto, o ambiente e as condições abaixo são necessários.

  • Deverá possuir instrumentos de processamento, tal como um disco diamantado e um corta-fios.
  • Os ímanes de neodímio oxidam facilmente e devem receber um tratamento de superfície anti-ferrugem imediatamente após o processamento.
  • O imã deverá ser magnetizado após o processamento.

P – O que é a remanência Br?
R – Tomemos como exemplo o processo de magnetização um imã. Um imã é magnetizado aplicando um forte campo magnético a um material magnético que ainda não tenha sido magnetizado. A magnetização é um termo que se refere a uma mudança magnética num material. Um aspeto caraterístico dos ímanes permanentes é que a magnetização continua mesmo após o campo magnético no momento de magnetização ser removido. É deixada muito pouca magnetização em parafusos de aço, e é por isso que estes não funcionam como ímanes. Quando o campo magnético é removido e o campo magnético que é aplicado ao imã se torna nulo, o imã ainda terá indução magnética devido à magnetização restante. Isto é referido como remanência.

P – O que é a coercividade bHc (Hcb)?
R – É também chamada de coercividade B. Refere-se à força do campo magnético externo necessário para reduzir a densidade de fluxo magnético (indução magnética) até zero. Este valor é importante ao conceber circuitos magnéticos. É o valor do campo magnético oposto no qual o valor da indução magnética do íman se torna zero quando o campo magnético oposto é aplicado ao íman.

P – O que é a coercividade jHc (ou Hcj, iHc, Hci)?
R – Também é chamada de coercividade I ou coercividade J.

Explicação detalhada:

A coercividade refere-se à força do campo magnético externo necessária para cancelar a magnetização. Por outras palavras, considerando que bHc é uma força do campo magnético externo para atingir um estado do magnetismo zero, o iHc é uma força do campo magnético externo para atingir um estado de mudança de um tipo de propriedade denominada magnetização nula.
Ao aplicar um campo magnético oposto mais forte do que a coercividade B a um imã, os pequenos domínios magnéticos (a menor das unidades num imã equivalente às células de uma planta) no imã são superados pela força do campo magnético oposto e são alterados (são magnetizados) para se voltarem na direção do campo magnético oposto.

É como se os domínios magnéticos agissem como soldados que estão todos virados numa direção até este ponto e são subitamente invadidos por uma força no sentido oposto e depois levantassem a bandeira do inimigo e começassem a marchar na direção oposta. Isto é chamado de inversão magnética.

Quando a quantidade de domínios magnéticos voltados para a direção correta e a quantidade de domínios magnéticos que levantam a bandeira inimiga forem as mesmas e tiverem exatamente a mesma força, a magnetização do imã torna-se zero.
A força do campo magnético oposto é a coercividade I.
A coercividade I é um valor que é necessariamente maior na direção negativa do que a coercividade B. A coercividade I em ímanes terras raras muda consideravelmente em função da temperatura e, por isso, é necessário muito cuidado. Para selecionar um imã de terra rara (em particular um imã NdFe) que seja resistente à temperatura, é necessário selecionar um que possua uma coercividade I suficientemente grande para não ser afetado pela coercividade B mesmo se a coercividade I flutue uma determinada quantidade. Além disso, a coercividade T é um valor importante para saber a quantidade de campo magnético a adicionar ao imã ao magnetizar o imã. Geralmente, precisa de ser adicionado um forte campo magnético de três a cinco vezes a coercividade I de acordo com o material do imã.
A unidade de campo magnético para a coercividade no sistema SI (MKS) de unidades é denotada por unidades de ampere/metro (A/M) e denotada por unidades oersteds (Oe) no sistema CGS de unidades. Para fins de cálculo, 1 Oe é igual a 80 a/m.

P – O que é o produto de energia máximo (máximo de BH)?
R – Se o campo magnético oposto (H) for aplicado ao imã, a indução magnética (B) do imã irá diminuir.

Explicação detalhada:

É o valor máximo do produto (multiplicação) de H com B (ou seja, B * H). Quanto maior o valor, melhor o imã. Também pode ser usado em tamanhos pequenos.
Por outras palavras, o produto de energia (B * H) é a quantidade de energia no interior do imã por unidade de volume. O máximo para B * H é o produto de energia máximo. Uma vez que este se refere à quantidade de energia no interior do imã, por exemplo, para produzir a mesma potência de adsorção que um imã com um produto de energia máxima de 20, um imã com um produto de energia máxima de 5 não terá necessariamente que ter um quarto desse volume.

P – O que é a densidade de um imã?
R – Como a palavra sugere, é a densidade (peso específico) do material magnético. Se o volume for o mesmo, quanto maior a densidade, mais pesado será o imã.

  • Água 1.0
  • Íman de Ferrite (sinterização) aprox. 4,8
  • Íman de NeFe (sinterização) aprox. 7,5
  • Íman de Alnico (fundição) aprox. 7,3
  • Ferro 7,9

P – O que é a temperatura Curie?
R – É a temperatura à qual um material magnético perde a sua capacidade de ser magnetizado.

Explicação detalhada:

Como é óbvio, um imã é um material magnético. Existe a opinião de que quando um imã é aquecido, o mesmo pode ser usado como imã até a temperatura Curie ser atingida. No entanto, tal não é verdade. Aquecer um imã desmagnetiza-o. Além disso, quando os ímanes industriais de hoje em dia, excluindo os ímanes de Ferrite, são aquecidos, as suas propriedades magnéticas alteram-se a baixa temperatura antes da temperatura Curie ser atingido e perdem a capacidade de serem magnetizados, tornando-se assim simples pedras.

P – O que é a dureza de Vickers?
R – É a dureza do material.

Explicação detalhada:

Uma pirâmide de diamante é pressionada contra o material de teste para fazer uma indentação. A dureza, indicada em Hv, é medida pelo comprimento das diagonais da indentação.

  • Gesso 60 Hv
  • Fluorita 200 Hv
  • Areia quartzífera 1100 Hv

O ímanes rígidos (ímanes de metal e sinterizados) mencionados acima possuem cerca de 600 Hv.

Embora os fabricantes de ímanes indiquem a dureza de Vickers nos seus catálogos, tal não faz muito sentido. Talvez possa ser para informar os clientes que é necessário um cortador de diamantes para o processamento. Ao usar um imã, as informações sobre a fragilidade são na verdade mais úteis do que informações sobre a dureza.

Embora a dureza indique a facilidade de arranhar o imã, a fragilidade indica a sua resistência contra qualquer impacto. imãs SmCo e de ferrite não possuem efetivamente boas propriedades de resistência a impactos. No entanto, por algum motivo, os fabricantes de ímanes não divulgam informações quanto à fragilidade. O revestimento de resina hermética da Magfine (revestimento Hi-Den) é especialmente eficaz no reforço de imãs frágeis.

P – Como é que os ímanes afetam relógios, computadores, aparelhos elétricos e cartões de crédito?
R – Por princípio, não coloque um imã junto a máquinas de precisão e a suportes de gravação magnética ou eletrônica. Os dispositivos ou suportes de gravação, tais como suportes de gravação magnética ou suportes de gravação eletrônica, utilizam magnetismo para gravar dados.

Os dados poderão desaparecer se um campo magnético diferente (ímã) for colocado nas proximidades. Infelizmente, não existem dados verificados que indiquem a distância (cm) à qual os dados podem desaparecer ou ser destruídos, uma vez que tal depende do material e do tamanho do ímã e também do objeto junto ao qual o ímã é colocado.
Se um ímã relativamente fraco for colocado junto a suportes antigos, como cassetes áudio, cassetes de vídeo ou disquetes durante um longo período de tempo, poderá ocorrer distorção no áudio ou nas imagens. Com tipos de suporte mais recentes, como cartões de memória USB ou cartões SD, não há necessidade de muita preocupação desde que o ímã não seja colocado junto a estes durante um longo período de tempo. No entanto, por segurança, não armazene estes suportes no mesmo local que os imãs.

P – Como é que os ímanes afetam o corpo humano?
R – O magnetismo afeta tudo, incluindo o corpo humano. Há muitos produtos que podem ajudar a aliviar a tensão muscular etc., mas embora seja raro, há algumas pessoas que se irão sentir fatigadas. Os imãs que tenham sido submetidos a tratamento de superfície, tal como os ímanes de neodímio, poderão causar irritação na pele.

P – Como armazenar um imã?
R – É possível prevenir a ferrugem em ímanes que oxide e enferrujem facilmente, como os ímanes de neodímio, armazenando-os num ambiente com baixa umidade e onde a temperatura ambiente possa ser controlada. Se os armazenar em casa, utilize uma caixa seca (caixa de armazenamento resistente à umidade) ou um pote plástico que possa ser hermeticamente fechado.

P – Como bloquear o magnetismo?
R – Com um imã que emite um forte campo magnético, a potência de adsorção pode ser reduzida enrolando-o bem em material de acondicionamento e armazenando longe de materiais magnéticos. Com um imã de pequenas dimensões, armazenando-o num caixa magnética, tal como uma lata de biscoitos, etc., o campo magnético pode ser bloqueado.

P – Como proceder à eliminação de um imã?
R – Dado que um imã mantém o seu magnetismo permanentemente, proceder à sua eliminação com o seu forte magnetismo poderá causar um acidente. Para reduzir o efeito do magnetismo, certifique-se de que envolve o imã várias vezes antes de proceder à sua eliminação.

Se pedir que este seja recolhido como resíduo industrial, o imã será transportado para um aterro sanitário. Se proceder à sua eliminação como resíduo doméstico, siga as instruções do seu município local e proceda à sua eliminação como resíduo perfurante ou perigoso.

P – Gostaria de fixar um imã usando um adesivo. Que adesivo devo usar?
R – Deve selecionar o adesivo adequado de acordo o objeto ao qual deseja fixar o imã.

Se estiver a fixar dois imãs:

  • Adesivo baseado em epóxi de dois componentes para metais, porcelana ou artigos de vidro
  • Fabricado pela Cemedine …. High-Super 5
  • Fabricado pela Konishi …. Bond Quick 5, etc.

Se estiver a fixar um imã a resina, plástico ou madeira:

  • Embora dependa da compatibilidade porque ambos são de materiais diferentes, pode usar adesivos polivalentes.

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